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terça-feira, 14 de maio de 2013

Azulejo.


...
Ele se trancou no quarto, sentia suas veias pulsarem excessivamente por todo seu corpo,
Suas mãos estavam tremulas, sujas de sangue seco.
Sentia as lagrimas escorrerem por seu rosto,
Sentia aquele liquido salgado percorrer sob seus lábios.
As paredes eram finas, ouvia-se tudo aos arredores
Inclusive seus pensamentos horrendos...

...A vida daquele garoto acabará no momento em que puxará o gatilho.
A mulher indefesa sentiu suas pernas perderem a força,
Cambaleou alguns passos e caiu sobre o piso frio e úmido.
E, ouviu-se o crepitar de algo no chão,
O sangue escorria por seu peito,
A bala perfurará seu pulmão esquerdo,
Sentiu o ar esvair-se aos poucos.
A visão embaçando lentamente, o rosto do garoto se apagará de sua memória...

...As velas emitiam um brilho amarelo bruxuleante
Iluminava pouca coisa perante o cômodo, nomeado de “sala”
O jovem observou o corpo da mulher ao chão,
Sua antiga namorada estava morta,
-Viva a Rainha –Praguejou. –Gravará meu nome em tua morte.

...Mais uma mancha perante o azulejo...

                                   -Gabriel Vilodre                        


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